Pular para o conteúdo principal

ANUNCIO

DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL É CONDENADO PELA JUSTIÇA POR VAZAR INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS E BENEFICIAR TRAFICANTES DE MOSSORÓ

A Justiça Federal em Mossoró condenou o delegado da Polícia Federal Adauto Gomes da Silva Júnior a sete anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, e multa de mais de 100 salários mínimos vigentes em março de 2010, por vazar informações confidenciais sobre a “Operação Serra Negra”. A decisão judicial resultou de uma ação penal movida pelo Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN). O réu, que poderá recorrer em liberdade, foi denunciado pelo MPF por violação do sigilo funcional e colaboração com o tráfico de drogas. No dia 15 de março de 2010, às 16h51, Adauto Júnior informou Karla Micaelly Fernandes da Silva, através de um telefonema, sobre a realização da “Operação Serra Negra”, que ainda seria deflagrada pela Polícia Federal de Mossoró e que tinha como objetivo desbaratar uma quadrilha de traficantes de drogas da região. Cinco minutos depois, Karla Micaelly repassou a informação ao investigado Ikaro Mikael da Silva Jácome, que era um dos principais alvos da operação. No telefonema, ela disse que teria recebido as informações de um “amigo”, revelando que a polícia iria fazer “um raio x em tudo”. Através da quebra do sigilo telefônico de Karla Micaelly, a própria PF descobriu que o “amigo” tratava-se do delegado Adauto Júnior. Ele se encontrava em Mossoró, em 15 de março de 2010, apenas para uma investigação eleitoral, mas foi até o Núcleo de Operações de Inteligência Policial da PF na cidade, tendo feito perguntas sobre Ikaro Jácome e tomado conhecimento de que o criminoso era um dos alvos da “Operação Serra Negra”. Em depoimento, Karlla Micaelly admitiu ter sido avisada por Adauto Júnior da operação e ter conversado com Ikaro Michael logo após, orientado-o a se desfazer do chip do telefone. Policiais federais e o delegado responsável pela “Serra Negra” confirmaram que a conduta do réu provocou prejuízos à operação. O investigado Ikaro Jácome passou a utilizar outros números de telefone, diminuindo a quantidade de conversas mantidas com seus sócios no tráfico, dificultando as investigações. A “Serra Negra”, inicialmente prevista para durar seis meses, levou um ano e oito meses. A sentença considera o “conjunto probatório favorável à condenação pelo crime de violação de 'sigilo funcional' e de informante de quadrilha destinada à prática de crime de tráfico de drogas” e acrescentou que a autoria e materialidade foram comprovadas. A denúncia do MPF havia sido recebida pela Justiça em 16 de dezembro de 2011, desde então Adauto Júnior estava afastado do cargo de delegado da Polícia Federal. A decisão judicial prevê ainda perda do cargo, após o trânsito em julgado, e estipula 326 dias-multa, cada um fixado em 1/3 do salário-mínimo vigente em março de 2010. A ação penal tramita na 10ª Vara da Justiça Federal, em Mossoró, sob o número 0001791-59.2011.4.05.8401.
PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO RN

Comentários

  1. PARABÉNS! Isto prova mais um vez que a Polícia federal é um órgão sério.
    Espero que outros órgão de segurança pública faça o mesmo porque isto não é uma pratica isolada, mas algo que vem acontecendo principalmente em nosso estado onde agentes de segurança fazem esta pratica por ser favorecido financeiramente por pessoas que andam a margem da lei, uma investigação séria dentro do estado colocaria muitos atrás das grades como: Delegados,Policiais Civis, Policiais Militar e muitos Agentes Penitenciários.
    Não poderia deixar de dar Parabéns para o Ministério Público do estado que outro dia cortou a própria carne prendendo um que denegria a imagem da instituição.
    que sirva de exemplo, pois se órgãos como POLICIA FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO ocorreram fatos desta natureza imaginem outros órgãos de segurança pública estadual.

    ResponderExcluir
  2. PARABÉNS! Isto prova mais um vez que a Polícia federal é um órgão sério.
    Espero que outros órgão de segurança pública faça o mesmo porque isto não é uma pratica isolada, mas algo que vem acontecendo principalmente em nosso estado onde agentes de segurança fazem esta pratica por ser favorecido financeiramente por pessoas que andam a margem da lei, uma investigação séria dentro do estado colocaria muitos atrás das grades como: Delegados,Policiais Civis, Policiais Militar e muitos Agentes Penitenciários.
    Não poderia deixar de dar Parabéns para o Ministério Público do estado que outro dia cortou a própria carne prendendo um que denegria a imagem da instituição.
    que sirva de exemplo, pois se órgãos como POLICIA FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO ocorreram fatos desta natureza imaginem outros órgãos de segurança pública estadual.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

ANUNCIO

Postagens mais visitadas deste blog

>> CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS ENCARREGADOS DA APLICAÇÃO DA LEI

Algumas normas e tratados são muito citados em artigos, estudos e até em conversas informais, mas pouco conhecidos. Quem nunca ouviu dizer que algo é ou deve ser de algum modo, porque uma lei determina que seja, mas não sabe de que lei se trata? Um caso relevante se refere ao CCEAL, Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei, uma referência muito comum quando se fala em ética profissional e direitos humanos na atividade policial. Tendo como pressuposto a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o CCEAL foi adotado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em sua resolução 34/169 de 17 de dezembro de 1979, e se trata de não mais que oito artigos descrevendo limitações principalmente à atuação de policiais. Apesar de simples, o que é dito pelo CCEAL ainda tem dificuldades de implementação nas polícias de todo o mundo, inclusive e principalmente nas brasileiras. Abaixo, a íntegra do Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei: ARTIGO 1º: Os funcionário...

SUBSÍDIO APROVADO

Acaba de ser aprovado, à unanimidade, o Projeto de Lei Complementar que dispõe sobre o subsídio dos militares do Estado, que chegou à Mesa Diretora no final da sessão dessa terça-feira (13). Na ocasião, o presidente da Casa, deputado Ricardo Motta, solicitou aos líderes partidários a dispensa de tramitação para que a matéria fosse votada nesta quarta (14). O projeto estabelece o regime remuneratório para os Policiais Militares e Bombeiros Militares, a partir de reivindicação e consenso entre o comando das Corporações e as associações representativas dos praças e dos oficiais. A medida estipula o subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. O presidente da Casa, deputado Ricardo Motta, parabenizou os militares pelo espírito de união da categoria. Márcia Maia disse que toda a bancada do PSB votou favorável porque havia essa grande expectativa por parte destas categorias:...

>> HENRIQUE ALVES REAGE À PRESSÃO CONTRA PEC 300

A PEC 300 é criticada e condenada pelo Palácio do Planalto e a maioria dos governadores eleitos ou reeleitos, mas mesmo assim pode ser votada - e aprovada - graças ao PMDB. Segundo os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, o líder peemedebista na Câmara, deputado potiguar Henrique Eduardo Alves, é um dos principais defensores da emenda. Ele foi ontem à tribuna reafirmar a disposição do partido de aprová-la, como conta a Folha, e, conforme informação do Estadão, reagiu furiosamente à pressão para retirar a PEC de pauta em um encontro na casa do presidente Michel Temer. "Não venha nos impor esse vexame" , disse o parlamentar do Rio Grande do Norte. Por: Luis Fausto Fonte: Nominuto