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RN TEM 30% DO EFETIVO POLICIAL CIVIL PREVISTO

Efetivo da Polícia Civil é de 1480 policiais.
Quando deveria ter um total de 5150 Policiais.

A lei 417, de 2010, prevê que 5.150 policiais civis, de todas os níveis, sejam contratados no menor espaço tempo possível. Mas essa determinação não saiu do papel e o Estado conta, atualmente, com 1.480 policiais civis. A falta de delegados - especialmente no interior do Estado - é ainda mais grave. Dos 167 municípios norte-rio-grandenses, 127 não possuem delegados da Polícia Civil, e a responsabilidade pela Polícia Investigativa fica a cargo de profissionais que ficam lotados nas cidades maiores. Os números fazem parte de um novo levantamento realizado pela Associação dos Delegados da Polícia Civil No Rio Grande do Norte (Adepol). Como consequência mais flagrante, boa parte desses profissionais acabam assumindo a chefia em mais de um município. Segundo a presidente da Adepol, Ana Cláudia Gomes, o Governo Estadual vem adiando a entrega de uma previsão segura sobre quando irá nomear os novos delegados e outros aprovados no concurso público de 2008. Por enquanto, as contratações só serão feitas em caso de morte ou aposentadoria de profissionais na ativa. Mais de 400 aprovados no último concurso, entre delegados, escrivãs e agentes, esperam nomeação, e mais 390 suplentes aguardam o curso de formação. A efetivação desse contingente ajudaria a diminuir a sobrecarga de trabalho dos 55 delegados que atuam no interior do Estado. O despacho assinado semana passada pela juíza Patrícia Gondim Moreira Pereira determina a nomeação dentro do número de vagas previstas no edital, obedecendo a ordem de classificação. A decisão, no entanto, é passível de recurso.

NO RN, FALTAM DELEGADOS EM 127 MUNICÍPIOS 
Enquanto esperam por uma definição do futuro, o trabalho dos delegados se multiplica. Petrus Antônio Gomes, delegado titular na comarca de Currais Novos, está há 9 anos na função e, desde então, vem acumulando cargos. Além de cobrir mais três municípios ligados à comarca, Petrus substitui, atualmente, o delegado de Santa Cruz, cidade que coordena a segurança de mais 8 municípios. "Temos que nos desdobrar em 10. O jeito é priorizar os flagrantes, mesmo sabendo que não estamos prestando um serviço de boa qualidade", conta. Petrus planeja se reunir, em breve, com entidades e colegas de profissão para decidir se eles entregam, ao Governo estadual, as funções acumuladas. Mesmo sobrecarregados, os delegados continuam recebendo um único salário. A média é de 8 delegacias por delegado residente no interior. Outro desabafo vem de Getúlio Medeiros, titular da delegacia em Caicó, mas que atua junto a outros quatro municípios. Acusado pelo Ministério Público de negligência, Getúlio conta que se sente coagido. "Não estamos nessa situação por que queremos. Se não fazemos o nosso trabalho bem feito, é porque o poder público não nos dá chances", explica.O delegado aponta que a polícia civil deveria, ainda, realizar um trabalho de prevenção, o que não é possível no atual contexto. Das 65 comarcas - regiões que abarcam outros municípios - 22 se encontram sem delegado, entre elas Serra Negra, Jardim de Piranhas e Ipueira.

SINPOL/RN
Para o presidente do Sindicato da Polícia Civil no Rio Grande do Norte, Djair José de Oliveira, as soluções, tanto a curto quanto a longo prazo, passam pela ampliação de efetivo. "Cada delegacia deveria ter, ao menos, um delegado, um escrivão e 10 agentes, mas a nossa realidade é outra, de sucateamento", conta. De acordo com ele, a estrutura das delegacias também deixa a desejar. Faltam viaturas, armamentos e a proteção (coletes) usada pelos policiais é de baixa qualidade. "O resultado da deficiência no quadro é que as investigações não andam, outros crimes sequer recebem atenção, e a noção de impunidade aumenta, junto com a violência", conta Djair.
FONTE: TRIBUNA DO NORTE
COMENTÁRIO DO CABO HERONIDES
“Ao vermos a quantidade de efetivo da Polícia Civil, sentimos que o governo não está nem um pouco preocupado em investigar e solucionar os crimes praticados em nosso estado. É um absurdo termos apenas 30% do efetivo previsto, o governo deve urgentemente convocar os suplentes já formados e realizar um novo concurso para preencher as vagas restantes.”

Comentários

  1. quem nao sai da capital para ver o que acontece nos interiores do estado e muito bom falar,pq esta uma lastima, a droga correndo desnfreada traficante ganhando muitos dinheiro nas costas do antigo agricultor que nao ten trabalho. agora vamos pensar positivo,em todos interiores uma DP equipada com PCS, e nas ruas a PM fazendo o seu trabalho ostensivo, mais nao e assim o desvio de dinheiro nao deixa as policias evoluirem.

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  2. E pra piorar,a Cidade de Santo Antonio,na região Agreste, teve a DP interditada pela Vigilância Sanitária, por falta de estrutura para o trabalho policial, sendo a Cidade, comarca para mais outras 5 cidades,no momento, os flagrantes estão sendo feitos na cidade de Nova Cruz,que já é responsável por mais outras 5, o que totaliza 12 cidades pra atender aos casos.Dessa forma fica impossível realizar diligências e investigações,o que aumenta criminalidade no interior, pois nas pequenas cidades, em sua maioria só tem a PM, que não pode fazer os procedimentos judiciários, e infelizmente muitas vezes tem de fazer vista grossa, preferindo resolver na conversa dando uma de conciliador, pra não fazer o cidadão ficar ainda mais indignado na DP, pois por falta de efetivo e estrutura, vai levar um belo CHÁ DE CADEIRA,e sair com a sensação de descaso e impunidade, e a credibilidade dos 2 órgãos fica comprometida, pois a Sociedade acaba julgando que a PC e a PM, estão sendo omissas, quando não é verdade.

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