O número de homicídios de crianças e adolescentes cresceu 837% no Rio Grande do Norte, este número foi divulgado pelo "Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil", que coletou informações do período de 2000-2010.
Natal é a capital do país que registrou o maior aumento da taxa de homicídios entre 2000 e 2010.
Crianças fora da escola e com famílias desestruturadas ajudam a formar o cenário de violência crescente visto no Rio Grande do Norte.
O Mapa da Violência 2012 aponta que o Rio Grande do Norte fechou o ano de 2010 com uma taxa de 22,9 homicídios em 100 mil habitantes, quase o dobro do que registrava em 2004, quando ostentava a segunda menor taxa do país. Estes dados retratam a população de forma geral e não apenas crianças e adolescentes.
Entrevista com Marcos Dionísio, Con. Est. de Direitos Humanos
Qual a interpretação que o senhor faz da pesquisa apresentada sobre a quantidade de homicídios contra crianças e adolescentes?
Percebo que as pessoas estão indiferentes aos números, que confirmam um cenário de guerra civil. A leitura que se faz é, muitas vezes, preconceituosa e cômoda. Muitos têm a visão de que o assassinato de jovens envolvidos minimamente com a criminalidade é uma forma de higienização. A sociedade está chancelando a pena de morte. A população precisa voltar a se indignar com esses fatos.
Como alterar essa situação de violência?
Percebo que existe hoje um sentimento de egoísmo por parte dos adultos, que impossibilitam que as crianças gozem da infância como eles gozaram. A geração que está no poder tem sido pouco generosa e acabam por negar à criança a vivência que eles tiveram. As crianças estão sendo tratadas a bala no Brasil.
Qual a relação das drogas com a violência percebida?
Não se pode reduzir todos os problemas ao crack. O crack é um grande problema sim, mas fazer isso é ter uma visão simplista das coisas. Temos uma baixa capacidade de esclarecimento de crimes e temos que discutir a segurança e as políticas públicas que queremos. A presença da polícia tem um papel limitado. Uma das atuações mais eficazes que percebo aqui em Natal, ocorre em Felipe Camarão, através da "Conexão Felipe Camarão", uma intervenção da sociedade civil em um espaço que o Estado ainda é ausente.
è muito simples, existem duas formas de combater a violência e a criminalidade. primeiro é investindo no social: saúde, lazer, escolas e esporte e depois na combate ostensivo: viatura, policiais, pericia!!! é tudo muuito simples, agora os governos são omissos qaunto ao seu dever constitucional de assegurar tudo isso, ai depois não adianta se lamentar e a coisa vai se tornar de solução!!!!
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