Um dos policiais sonhava em proteger a sociedade e trabalhava dobrado para prender suspeitos. Mas nada adiantava – levados à delegacia, eles eram soltos após pagar propina. O outro se sentia superpoderoso com a arma na mão e achava que seria admirado pela tropa depois de praticar assassinatos. Os dois se tornaram policiais assassinos e cumpriram pena no Presídio Romão Gomes, em São Paulo.
Identificados pelos pseudônimos Steve e Mike, contaram suas histórias e motivações ao tenente-coronel Adílson Paes de Souza, que foi para a reserva em janeiro. As entrevistas estão na dissertação de mestrado A Educação em Direitos Humanos na Polícia Militar, defendida no mês passado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco.
A discussão sobre o que leva um agente público a atirar e matar ganhou força na semana passada, quando uma abordagem equivocada da Polícia Militar causou a morte do publicitário Ricardo Prudente de Aquino, de 39 anos, no Alto de Pinheiros, zona oeste. O erro fez a polícia rever anteontem seu treinamento de como abordar veículos suspeitos de forma correta.
Na entrevista, Steve explicou ao coronel sua rotina de visitar velórios de policiais mortos. Inúmeras frustrações o levaram a assumir o papel de “juiz, promotor e advogado”. Já o policial que se identificou como Mike relatou que imaginava que, ao praticar homicídios, seria mais respeitado por colegas de tropa.
“Como meu trabalho mostra, existe razão na preocupação de entidades nacionais e internacionais com a violência na sociedade brasileira”, diz Souza. “O quadro é considerado grave. Fiz o estudo e ouvi os policiais por acreditar que a mudança da situação passa por melhorias na educação do policial.”
Formado em Direito, o tenente-coronel também integra a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo desde 2007. Foi orientado pelo professor Celso Lafer e participaram de sua banca o filósofo Roberto Romano e o professor André de Carvalho Ramos. O trabalho cita dados da Ouvidoria de São Paulo sobre violência policial: com população quase oito vezes menor que a dos Estados Unidos, o Estado de São Paulo registrou 6,3% mais mortes por policiais militares em um período de cinco anos.
DIREITOS HUMANOS
A educação de baixa qualidade em direitos humanos é apontada pelo coronel como uma das causas da violência policial. A dissertação mostra que, no ano 2000, eram dadas 144 horas/aula de direitos humanos. Dezoito anos depois, os currículos com matérias de direitos humanos diminuíram no Estado. Atualmente, o tema corresponde a 90 horas/aula, o que significa 1,47% do total da carga horária do curso.
Souza ainda sugere em seu trabalho maior participação da sociedade civil para ajudar a criar um tipo de educação de perfil crítico, com debates mais transparentes e participação popular.
FONTE: ESTADÃO, POR BRUNO PAES MANSO
Pura abobrinha, quem transforma o policial em assassino é o Estado neoliberal. Se não falar em neoliberalismo não leio essa dissertação. Outra coisa, só oficiais falam das deficiências da PM???
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ResponderExcluirPESQUISA AO MEU VER QUE EM NADA CONTRIBUI JÁ QUE A DEFICIÊNCIA TAMBÉM ESTA EM QUEM FORMA OS POLICIAIS, NORMALMENTE NÃO SE PREPARA UMA EQUIPE PARA CFSD COLOCA QUALQUER IMBECIL RECÉM CHEGADO DO CFO QUE PASSA O TEMPO TODO GRITANDO E MANDANDO MARCHAR! FORMAR! OLHA PRA FRENTE! OLHANDO PRO SOL!NÃO HÁ UM CURRÍCULO ATUALIZADO NEM TÃO POUCO ORGANIZAÇÃO NA GRADE CURRICULAR POIS É TODA FEITA DE REMENDOS... O ESTADO NÃO DA CONDIÇÕES HUMANAS PARA O POLICIAL TRABALHAR, DAÍ NÃO PODE EXIGIR DIREITOS HUMANOS! ESSA HISTORIA DO FAÇO O QUE EU DIGO NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO ACABOU!!!!
ResponderExcluirPESQUISA AO MEU VER QUE EM NADA CONTRIBUI JÁ QUE A DEFICIÊNCIA TAMBÉM ESTA EM QUEM FORMA OS POLICIAIS, NORMALMENTE NÃO SE PREPARA UMA EQUIPE PARA CFSD COLOCA QUALQUER IMBECIL RECÉM CHEGADO DO CFO QUE PASSA O TEMPO TODO GRITANDO E MANDANDO MARCHAR! FORMAR! OLHA PRA FRENTE! OLHANDO PRO SOL!NÃO HÁ UM CURRÍCULO ATUALIZADO NEM TÃO POUCO ORGANIZAÇÃO NA GRADE CURRICULAR POIS É TODA FEITA DE REMENDOS... O ESTADO NÃO DA CONDIÇÕES HUMANAS PARA O POLICIAL TRABALHAR, DAÍ NÃO PODE EXIGIR DIREITOS HUMANOS! ESSA HISTORIA DO FAÇO O QUE EU DIGO NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO ACABOU!!!!
ResponderExcluiré muito muito fácil dissertar e analisar um ser humano policial militar pelo o que ele faz,vá pra rua ganhando o que um pm sd ,que é quem realmente trabalha e carrega nas costas todas as mazelas ,agruras e decepções de uma população que a odeia despreza e a marginaliza até mais do que aos próprios bandidos,porem são a estes mesmos pms marginalizados que salvam e protegem quem os descrimina. e ai é fácil ser pm.
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