Pular para o conteúdo principal

ANUNCIO

POLICIAIS MILITARES DO 3º BATALHÃO DENUNCIAM AS MÁS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS CDP’s

Policiais militares do 3º Batalhão – De Parnamirim – Denunciam as más condições de trabalho, no que diz respeito ao efetivo, à logística e carga horária, que vêm sofrendo ao realizar o serviço nos Centros de Detenção Provisórios – CDP’s.

PROBLEMAS:

1. Efetivo insuficiente – A guarda do estabelecimento deveria ser feita com, no mínimo, três policiais militares na parte externa do presídio e três agentes penitenciários na parte interna do presídio em cada plantão de 24 horas de serviço.

2. Os policiais não dispõem de armamento adequado para fazer guarda de presídios, pois não têm armas longas, como escopeta, carabina, fuzil e nem armas consideradas “menos letais” spray de pimenta, bastões, pistolas de choque – TASER, algemas, coletes balísticos, escudos, capacetes entre outros.

3. Não tem rádios comunicadores – a comunicação rápida com o maior número possível de viaturas da área do CDP pode evitar males piores com relação a fugas de presos, motins, resgates etc. Tanto aumenta o risco para os policiais e agentes penitenciários quanto aumenta o risco à população que reside nas vizinhanças dos presídios.

4. Os agentes trabalham desarmados e sem coletes balísticos. A Secretaria de Segurança Pública justifica dizendo que não há armamento para todos os agentes.

5. Os prédios não têm estrutura para que se faça a sua guarda externa, pois não tem guaritas. Assim os policiais não têm como observar os arredores do prédio, o que dificulta resistir a fugas e resgates comprometendo a segurança dos policiais, agentes e de toda a vizinhança.

6. Não tem camas nem armários no alojamento. A dormida é feita em colchões que ficam no chão com risco de picadas de cobras e escorpiões.

7. Superlotação. As celas possuem até 25 presos em cerca de 10 metros quadrados. Isso dá mais de dois presos por metro quadrado em um total de mais de 120 presos para apenas 2 policiais e 2 agentes penitenciários.

8. Não existem gratificações para os PM’s. Embora os policiais militares estejam desviados de sua função não recebem nenhuma gratificação do sistema penitenciário.

9. A carga horários dos PM’s é exaustiva. Cumprindo uma carga horária de 240 horas por mês, sendo 10 serviços de 24 horas cada, numa escala de 24 horas de trabalho por 48 horas de folga, os policiais militares mal têm condições pra descansar e já estão de volta para o serviço, o que compromete a saúde física e psicológica dos mesmos.

10. Alimentação de má qualidade. Insuficiente e de má qualidade, temos que nos contentar com duas refeições por dia de serviço – almoço e jantar em 24 horas de trabalho - contrariando os Conselhos de Medicina que recomendam, no mínimo, três refeições diárias e balanceadas para a vida saudável de uma pessoa.

Esperamos que, com isto, as autoridades possam tomar providências no sentido de melhorar a segurança pública do Estado e aumentar a satisfação pelo trabalho policial e penitenciário. Desta forma tenho certeza de que todos os policiais, agentes penitenciários e todos os moradores da comunidade estarão mais satisfeitos e seguros.

Comentários

  1. Parabéns, temos que divulgar a REALIDADE para a sociedade saber

    ResponderExcluir

Postar um comentário

ANUNCIO

Postagens mais visitadas deste blog

>> CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS ENCARREGADOS DA APLICAÇÃO DA LEI

Algumas normas e tratados são muito citados em artigos, estudos e até em conversas informais, mas pouco conhecidos. Quem nunca ouviu dizer que algo é ou deve ser de algum modo, porque uma lei determina que seja, mas não sabe de que lei se trata? Um caso relevante se refere ao CCEAL, Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei, uma referência muito comum quando se fala em ética profissional e direitos humanos na atividade policial. Tendo como pressuposto a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o CCEAL foi adotado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em sua resolução 34/169 de 17 de dezembro de 1979, e se trata de não mais que oito artigos descrevendo limitações principalmente à atuação de policiais. Apesar de simples, o que é dito pelo CCEAL ainda tem dificuldades de implementação nas polícias de todo o mundo, inclusive e principalmente nas brasileiras. Abaixo, a íntegra do Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei: ARTIGO 1º: Os funcionário...

SUBSÍDIO APROVADO

Acaba de ser aprovado, à unanimidade, o Projeto de Lei Complementar que dispõe sobre o subsídio dos militares do Estado, que chegou à Mesa Diretora no final da sessão dessa terça-feira (13). Na ocasião, o presidente da Casa, deputado Ricardo Motta, solicitou aos líderes partidários a dispensa de tramitação para que a matéria fosse votada nesta quarta (14). O projeto estabelece o regime remuneratório para os Policiais Militares e Bombeiros Militares, a partir de reivindicação e consenso entre o comando das Corporações e as associações representativas dos praças e dos oficiais. A medida estipula o subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. O presidente da Casa, deputado Ricardo Motta, parabenizou os militares pelo espírito de união da categoria. Márcia Maia disse que toda a bancada do PSB votou favorável porque havia essa grande expectativa por parte destas categorias:...

>> HENRIQUE ALVES REAGE À PRESSÃO CONTRA PEC 300

A PEC 300 é criticada e condenada pelo Palácio do Planalto e a maioria dos governadores eleitos ou reeleitos, mas mesmo assim pode ser votada - e aprovada - graças ao PMDB. Segundo os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, o líder peemedebista na Câmara, deputado potiguar Henrique Eduardo Alves, é um dos principais defensores da emenda. Ele foi ontem à tribuna reafirmar a disposição do partido de aprová-la, como conta a Folha, e, conforme informação do Estadão, reagiu furiosamente à pressão para retirar a PEC de pauta em um encontro na casa do presidente Michel Temer. "Não venha nos impor esse vexame" , disse o parlamentar do Rio Grande do Norte. Por: Luis Fausto Fonte: Nominuto