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UM HERÓI SEM VALIDADE

Na Polícia Civil a situação é semelhante ou pior, já que nem um hospital próprio o estado dispõe para os agentes, escrivães e delegados. Em função de atividade, os policiais civis não sofrem tanta violência física quanto os militares, mas nem por isso estão livres dos perigos da profissão. De 2009 até o inicio deste mês, quatro casos chamaram a atenção da opinião pública. Dois foram feridos e dois morreram.

Nem Ronaldo Gomes, que hoje responde como delegado geral da Polícia Civil, escapou da criminalidade. Faz menos de dois anos que ele reagiu a uma tentativa de assalto ocorrida na porta de sua casa e sofreu um tiro que quase lhe arranca o braço. No caso mais recente, registrado no ultimo dia 11, o agente da 8ª DP Sidney Alves Lucas – que completaria 20 anos de polícia no próximo dia 20 de maio – teve sua carreira interrompida ao ser vítima de latrocínio no conjunto Gramoré, na Zona Norte de Natal.

Sidney foi baleado por uma dupla de assaltantes quando chegava em casa. Ele havia passado no banco e sacado R$ 11.500,00 para dar entrada numa casa de praia que estava adquirindo. O dinheiro, que estava em seu bolso não foi levado. A polícia ainda procura por um jovem identificado como Diego da Silva Alves, mais conhecido como Diego Branco.

“O policial se expõe, corre risco todos os dias e a família ainda fica totalmente desamparada de qualquer compensação caso aconteça o pior. O que existe é um salário que não paga nem o estresse”.

“O policial é um herói sem validade”.

Fonte: Anderson Barbosa, do Novo Jornal.

Comentários

  1. Em relação a salário eu descordo,a policia civil tá ganhando muito bém,ao contrario da PM que está ganhando uma merreca,ficando com um salário abaixo de todos os orgãos de segurança do estado.

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  2. Fazendo algumas ressalvas:

    SIDNEY ALVES LUCAS era ESCRIVÃO, e não AGENTE de Polícia. Estava na PC há apenas três anos, era estudante de Direito no fim do curso, morava com a mãe e uma irmã e construía aquários em seus momentos de folga.

    Era verdadeiramente o "EPC TAPA-BURACO", era jogado em qualquer escala, do litoral ao sertão, estava no 8º DP nessas condições, tapando um buraco, nunca reclamou de nenhuma boca-pobre para a qual foi escalado.

    Sentava ao meu lado, na ACADEPOL, e na época eu ainda era soldado do 9º BPM, tentei transmitir a ele e aos outros colegas que vieram diretamente do "MUNDO PAISANO" como era a vida de um policial no RN...

    Veio, contudo, a fatalidade.

    Não devemos aqui julgar se ele agiu imprudentemente ou não, ao reagir ao assalto. Fica o consolo, pelo menos para os colegas, que ele morreu lutando.

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