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SOLDADO PMRN AJUÍZA AÇÃO DE ASSÉDIO MORAL CONTRA SUBCOMANDANTE DO 6º BATALHÃO

Nenhum equipamento ou armamento, por mais moderno que seja, substitui o bom militar e policial nenhum exerce bem sua importante e complicada missão se não fizer parte de um grupo coeso, leal, solidário e com um alto espírito de respeito e confiança entre seus membros.

Hierarquia e disciplina. Estes dois conceitos basilares vêm norteando, há muito tempo, o trabalho das Forças Armadas e das Polícias Estaduais do Brasil. É lógico e evidente que, em qualquer empresa organizada, esses dois pilares são observados, mas em nenhuma outra carreira eles são tão importantes e úteis como na vida militar.

A hierarquia e a disciplina, portanto, são os dois sustentáculos da gloriosa Polícia Militar do RN, mas existe uma ameaça invisível que consegue por abaixo estes dois preceitos. Estamos falando do assédio moral. Este câncer nas relações profissionais é capaz de causar inúmeros danos psicológicos aos que dele são vítima e é caracterizado por uma conduta abusiva de superiores que se utilizam de sua condição de chefia para marginalizar e constranger subalternos.

Assédio moral foi o motivo que fez o soldado PM Radmak Caetano ajuizar uma ação contra o Major Cícero Francisco Cardoso atual subcomandante do 6ºBPM em Caicó. O simples fato de um subordinado entrar com uma ação contra um superior é um perigoso sinal que as relações de cordialidade, confiança, respeito e cooperação que devem existir em qualquer grupo estão enfraquecidas. Na PM esses paradigmas têm que funcionar perfeitamente, já que o êxito da atividade policial exige obrigatoriamente um grupo coeso com respeito e confiança mútua entre seus membros.

O Fato que motivou a ação na justiça começou a ser perpetrado no dia 26 de maio de 2009 quando o denunciante, Soldado Radmark Caetano, fora acionado para atender uma ocorrência no bairro João XXIII em Caicó. Chegando lá, deparou-se com o também soldado PM Azevedo que se dizia em uma diligência. O soldado Azevedo começou então proferir palavras de baixo calão contra o soldado Radmak,pedindo para ele se ausentar imediatamente do local. Segundo o denunciante, a confusão teria ficado só entre estes dois PMs caso o então, à época, capitão Cardoso não tivesse tomado as dores do soldado Azevedo.

No dia seguinte ao fato, o major Cardoso, segundo o autor da petição, o haveria insultado dizendo que o militar não era homem e que queria ficar debaixo da asa do pai a vida inteira.

Ainda segundo o denunciante, o atual subcomandante do 6º BPM teria dito que o soldado não era homem para trabalhar na rua e conseqüentemente ordenou sua retirada do serviço de escala nas ruas de Caicó, determinando que o colocasse na guarda do 6º BPM.

A partir disso, o Soldado Radmak começou sentir ansiedade e uma sensação de baixa-estima achando-se degradado no ambiente de trabalho, com sua dignidade e integridade psicológica ofendidas. Depois desse fato, o militar não foi mais o mesmo. Tinha constantes picos de pressão alta e passou a tomar, por ordem médica, remédios de uso controlado.

“Nunca mais fui o mesmo. Não consigo esquecer as humilhações a que fui submetido no 6ºBPM. Não tenho raiva do major Cardoso, mas espero sinceramente que a justiça consiga reparar esse dano e que isso me devolva à tranqüilidade para exercer minhas funções como militar da PM/RN”, confidenciou o soldado Radmak Caetano.

O soldado, acima citado, hoje destaca na cidade de São José do Seridó/RN, mas gostaria de voltar a atuar nas ruas de Caicó. “Gosto do trabalho de Rua em Caicó. É exaustivo, mas me sinto útil a sociedade”, encerrou o militar. Ele agora aguarda o agendamento da primeira audiência.

Seja qual for o resultado dessa disputa jurídica, onde está em jogo o resgate da honra e dignidade de um policial que como qualquer cidadão tem o direito de sentir-se ofendido, ela poderia ter sido evitada se conceitos de urbanidade, lealdade, confiança, camaradagem e respeito tivessem sido observados. Não é preciso ir muito longe para encontrar alguém que siga preceitos como estes que acabamos enumerar. Dentro da própria PM há um militar que consegue sintetizar tudo isso e deveria servir de exemplo para todos os demais. Seu Nome: coronel Francisco Araújo, Comandante Geral da PM. Um homem correto, urbano e cordial com todos os seus subordinados, talvez pelo seu brilhante profissionalismo e por ter vindo de origem humilde, ele mais do que ninguém saiba que nenhum equipamento ou armamento, por mais moderno que seja, substitui o bom militar e que policial nenhum exerce bem sua importante e complicada missão se não fizer parte de um grupo coeso, leal, solidário e com um alto espírito de respeito e confiança entre seus membros.

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