Humilhação
Nosso treinamento, que conjuga fortes regras hierárquicas e um tratamento repressor, muitas vezes humilhante, resulta, em um policial mais violento nas ruas e, por conseqüência, em um aumento do número de mortes e arbitrariedades cometidas por agentes.
A tese de uma crescente aproximação entre as ações das polícias militares com as Forças Armadas foi corroborada pelo próprio ministro da Defesa, Nelson Jobim. Em 2007, ele admitiu que a experiência das tropas brasileiras no Haiti era necessária para que a polícia do Brasil adquirisse prática em operações de combate em ambientes urbanos, como as incursões nas favelas cariocas.E são mesmo os setores mais vulneráveis da população os maiores prejudicados com esse processo, segundo Marcelo Freixo, deputado estadual (Psol-RJ) e pesquisador da organização não-governamental Justiça Global.
"Em qualquer guerra e em qualquer combate você necessita de um inimigo interno. E quem é esse inimigo? Sobre ele, sempre paira uma lógica de classe, o que não é percebida pela corporação, mas que é algo politicamente muito construído. Então, se você olhar para as principais vítimas da ação policial no Brasil, isso tem uma relação direta com uma estrutura de classe da sociedade. São, fundamentalmente, jovens, pobres, negros. Vítimas da lógica da guerra que a segurança pública precisa vencer".
Nosso treinamento, que conjuga fortes regras hierárquicas e um tratamento repressor, muitas vezes humilhante, resulta, em um policial mais violento nas ruas e, por conseqüência, em um aumento do número de mortes e arbitrariedades cometidas por agentes.
A tese de uma crescente aproximação entre as ações das polícias militares com as Forças Armadas foi corroborada pelo próprio ministro da Defesa, Nelson Jobim. Em 2007, ele admitiu que a experiência das tropas brasileiras no Haiti era necessária para que a polícia do Brasil adquirisse prática em operações de combate em ambientes urbanos, como as incursões nas favelas cariocas.E são mesmo os setores mais vulneráveis da população os maiores prejudicados com esse processo, segundo Marcelo Freixo, deputado estadual (Psol-RJ) e pesquisador da organização não-governamental Justiça Global.
"Em qualquer guerra e em qualquer combate você necessita de um inimigo interno. E quem é esse inimigo? Sobre ele, sempre paira uma lógica de classe, o que não é percebida pela corporação, mas que é algo politicamente muito construído. Então, se você olhar para as principais vítimas da ação policial no Brasil, isso tem uma relação direta com uma estrutura de classe da sociedade. São, fundamentalmente, jovens, pobres, negros. Vítimas da lógica da guerra que a segurança pública precisa vencer".
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